Em 12 de dezembro de 2013, a ACB realizou a solenidade de lançamento da revista que
conta a história do missioneiro Noel Fabrício da Silva – Noel Guarany. Com a presença do Prefeito de Bossoroca, Ardi Jaeger e do Presidente da Câmara de Vereadores que também é apoiadora do projeto, além das demais autoridades e
convidados. Após as manifestações, aconteceu a entrega dos
exemplares aos presentes e logo em seguida, uma apresentação
da Família Guedes, com Jorge Guedes e Filhos, os quais estavam
chegando de uma turnê de shows e vieram diretamente a Bossoroca para
participar do evento. Jorge Guedes, que foi parceiro de Noel, contou sua
trajetória musical que teve início com Noel Guarany e interpretou
algumas musicas que fazem parte do acervo do "Cantor da Bossoroca". À noite, a diretoria
da ACB reuniu-se em um jantar festivo, realizando a última reunião de
2013.
Outros fatos ligados à Noel Guarany
MAUSOLÉU - Uma justa homenagem ao "Cantor da Bossoroca", foi
idealizado pela municipalidade de Bossoroca no ano de 1999. Durante a
realização da 5ª edição do Manancial Missioneiro da Canção, foi inaugurado o
mausoléu onde repousam os restos mortais de Noel Fabrício da Silva - Noel
Guarany. Este mausoléu é um conjunto formal e estético com significação
histórica relativa ao Cantor Missioneiro, que em sua obra, interpretou
com fidelidade, nossa historiografia. Neste conjunto, temos o mausoléu
que é o sepulcro em que repousa o ilustre filho da Bossoroca. Suas linhas
suaves dispõe de uma cripta que lembra o estilo barroco do
período colonial brasileiro, objetivando assinalar sua marcante passagem e que
pereniza o reconhecimento popular. No contexto desta simbologia, encontramos
a Cruz de Lorena, que marca o período da civilização
Jesuítica-Guarani, tantas vezes citada na obra de Noel. O violão,
companheiro inseparável nas andanças do missioneiro, pelo estado e além
fronteiras. O "pala velho", posto sobre um dos braços da
cruz e que foi tema de uma de suas composições, "Romance do pala
velho". Paredes de pedras, que reportam às grandes sesmarias
da região, suas cercas de pedras e as ruínas das antigas reduções. Moirões
com varas, que se constituem numa saudosa lembrança das lides campeiras, no
manejo do gado, dos dia de marcação, castração, aparte, etc., e lembram as
antigas mangueiras, com troncos e varas redondas. Bloco de concreto,
propositalmente forte e rijo onde está um trecho da obra poética de Noel, com a
força de sua comunicação em que a letra aludia o prenuncio de sua morte. Corrente
e Ferraduras, que representam uma tentativa de se reportar ao tempo das
revoluções que marcaram a região Missioneira, desde as invasões correntinas,
portuguesas, a revolução farroupilha e outros fatos que marcaram a
conquista deste chão colorado. Leivado de grama Missioneira,
tapete de grama lembrando a pampa Rio-Grandense, onde proliferou a criação de
gado, habitat do povo Guarani e do gaúcho indomável. Este projeto é de
autoria do arquiteto Plínio Ivar da Rosa, e encontra-se localizado junto ao
cemitério municipal, na entrada da cidade.
EXPOSIÇÃO - O espaço localizado no saguão de entrada da Prefeitura Municipal de
Bossoroca, conhecido como "Espaço Noel Guarany", resultou da necessidade de mostrar
à população e visitantes, objetos pessoais deste missioneiro, como fotos, letras
de musicas, um de seus violões e outros pertences que sintetizam sua vida e sua
arte. A intenção de criar este local surgiu por ocasião de seu velório, no dia
6 de outubro de 1988, que foi prontamente aceita por todos, principalmente
pelos familiares de Noel, sua esposa Neidi e a filha Laura. Posteriormente, o
Governo Municipal iniciou a estruturação do local o qual foi inaugurado no dia
6 de outubro de 2007, sendo que à noite, foi realizada uma das edições do
evento em sua homenagem, "Tributo a Noel Guarany", com a participação
efetiva de vários artistas, simpatizantes e comunidade local e regional.
ESTÁTUA - A estátua de Noel Guarany está localizada na entrada da cidade, onde o missioneiro e "Cantor da Bossoroca" recepciona os visitantes que vem até a Buena Terra Missioneira. Numa iniciativa da Confraria do Icamaquã, este monumento foi erguido graças a colaboração da comunidade e dos fãs da obra musical deixada por Noel.