MANANCIAL MISSIONEIRO DA CANÇÃO - 6ª EDIÇÃO

 

DEPOIS DE 13 ANOS O RETORNO DO MANANCIAL MISSIONEIRO DA CANÇÃO




Com sua última edição realizada em 1999, o Manancial Missioneiro da Canção, um dos mais autênticos festivais nativistas da região, abriu uma lacuna na história de Bossoroca, como também na história regional. Surgido em 1990, quando a febre deste tipo de evento assolava o Rio Grande, o festival da Bossoroca teve um tímido início, para depois consolidar-se como uma referência musical, nas missões e no Rio Grande. No palco das edições anteriores, surgiram muitos nomes que hoje são expoentes no meio musical. Após a 5ª edição, as vozes das fendas da terra vermelha da Bossoroca silenciaram. Por varias razões, entre elas o custo financeiro, não foi mais possível sua realização. O advento da LIC – Lei de Incentivo à Cultura, ao mesmo tempo em que proporcionava a realização deste tipo de evento, inflacionava o custo, impossibilitando que municípios pequenos como o nosso, dessem continuidade a este tipo de projeto. Passaram-se vários anos e algumas tentativas foram feitas, sem sucesso. No entanto, a obstinação da diretoria da Associação Cultural, foi decisiva, até que, em 2012, após inúmeros contatos com produtores culturais e empresas que pudessem apoiar financeiramente o projeto, foi possível tornar realidade a tão esperada, 6ª Edição. Ainda em 2009, ocorreu a indicação de patrocínio pelo Banrisul o qual foi confirmado em 2012. Depois, o primeiro contato foi com a Coopatrigo, que com muita sensibilidade e espírito de participação, entendeu a viabilidade do projeto e aceitou fazer parte deste desafio. Depois, através de contato com o Deputado Federal Luiz Carlos Heinze, a Camil Alimentos, da cidade de Itaqui, também aceitou participar do projeto apresentado pela ACB. Estava consolidada a parceria necessária, que permitiria, através dos recursos disponibilizados pela Secretaria de Cultura do Estado, via LIC, possibilitar o retorno de nosso festival. E o Manancial ressurge com força e com uma proposta inovadora; trazer de volta ao palco de um festival a musica missioneira e galponeira, como querendo retornar ao chão bruto e paredes barreadas de um velho galpão, desgastado pelo tempo e pela indiferença, buscando uma referência já quase esquecida, primando pela identidade regional e resgatando temas esquecidos em outros eventos do gênero. É um desafio que se apresenta, mas que entendemos necessário, quando observamos em tantos festivais, uma espécie de perigosa mudança, ou um proposital esquecimento da verdadeira musicalidade da região mais gaúcha do Rio Grande do Sul.


ALGUNS MOMENTOS DA 6ª EDIÇÃO