CURIOSIDADES

MEMÓRIAS DA BOSSOROCA - 1967

O antigo jornal "Diário de Noticias", em sua edição de 22/03/1967, através do correspondente Edmar José Dutra, traz uma matéria que trata da instalação do município de Bossoroca, que ocorreu no dia 04 de março de 1967. Um registro importante para a história da Buena Terra Missioneira. Este documento nos foi enviado por Jonas Sanabria.




DODONHO 




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SOCIEDADE ESPORTIVA 7 DE SETEMBRO




Esta foto foi tirada em São Luiz Gonzaga, no dia 3 de janeiro de 1957. Neste dia a Sociedade Esportiva 7 de Setembro, de Bossoroca, jogava contra o Esporte Clube São Luiz, sendo derrotada por 6 a 5. Na imagem, algumas pessoas conhecidas e outras que provavelmente, pertenciam à famílias de ferroviários que aqui moravam. É possível identificar as seguintes pessoas: Posicionados em pé, da esquerda para a direita: o 4º integrante era Paulo Fagundes, que foi funcionário público da Prefeitura Municipal de Bossoroca. Nesta mesma ordem, o último integrante é o Sr. Lodonho Nascimento Pereira, agropecuarista que atualmente, reside em Bossoroca. Agachados, também da esquerda para a direita, o 1º integrante é Nezinho, que por muito tempo exerceu a atividade comercial em um estabelecimento localizado nas proximidades do trevo do Trator. A 3ª pessoa na sequência é João Alfredo Dutra Vieira, a 4ª é Luiz Gastão Fabrício, ex funcionário do antigo INPS e a 5ª é o Sr. João Pedro Fabrício de tradicional família de Bossoroca.



EM SÃO LUIZ GONZAGA - CASA ONDE NASCEU NOEL GUARANY



A casa onde nasceu o missioneiro Noel Guarany e onde viveu com seus pais, encontra-se abandonada, praticamente em ruínas e gradativamente vai sendo tomada pelo matagal. 
Com esta situação, São Luiz Gonzaga vai perdendo uma importante referência cultural e turística, principalmente para os fãs de Noel Guarany.

Foi nesta rua, antes chamada Uruguaiana, que Noel Fabrício da Silva deu os seus primeiros passos, lá pelos idos de 1945/50.

Depois, a Rua Uruguaiana teve seu nome alterado para Dinarte Vieira Marques no ano de 1972. Na realidade, poucas pessoas conhecem este local histórico, e este fato nos leva a pensar que a memória de Noel vai lentamente se apagando na cidade onde nasceu.

Afirma Vinicius Ribeiro em seu blog, que “Bossoroca recebeu Noel de braços abertos, acreditando e apoiando ele sempre!”. Este carinho recebido e consequentemente, a valorização de seu trabalho fez com que ele se auto intitulasse “o cantor da Bossoroca” e no final de sua existência, manifestasse o seu desejo de ser sepultado na Buena Terra Missioneira.

Foi um gesto de carinho pela mãe adotiva que o acolheu como se de suas próprias entranhas ele tivesse saído e lhe permitiu ser o excepcional cantor e guitarreiro que até hoje, é admirado e venerado por sua obra, sendo uma das poucas referências quando se fala na musicalidade missioneira.


Na terra que o acolheu, Noel ganhou um mausoléu, onde estão seus restos mortais. Um arrojado projeto arquitetônico, que com sua simbologia, mostra os principais elementos representativos da região missioneira e definem o estilo por ele adotado. 

Ganhou também uma imponente estátua que saúda os que chegam na Buena Terra. 

Dois exemplos de reconhecimento, admiração e da responsabilidade de preservação do legado deixado pelo “Cantor da Bossoroca”. 



CERRO DA BELA VISTA


Um dos lugares mais bonitos e aprazíveis da Buena Terra Missioneira está localizado no interior do município, conhecido como Cerro da bela vista. Segundo o atual morador, Marquito Moraes, o primeiro proprietário foi Antônio Brustoloni, um italiano que veio para esta região, nos idos de 1840, sendo a revolução farroupilha um dos motivos que o trouxe para cá, pois havia a eminente possibilidade de obter recursos financeiros. Quando aqui chegou Brustoloni precisou nivelar o cerro, ou seja, retirar terra e pedras para que tivesse condições de construir sua residência. Este trabalho, com certeza utilizou mão de obra escrava, pois era muito difícil, na época, encontrar pessoas que pudessem realizar esta atividade. Na execução deste nivelamento as pedras que foram retiradas, serviram para a construção de um galpão e das mangueiras existentes à época. A construção da sede iniciou aproximadamente, nos idos de 1885 e 1890. Em razão das dificuldades da época, os tijolos e telhas utilizadas na construção, foram produzidas próximo ao local. As telhas, que até hoje podem ser vistas, possuem um aspecto diferenciado, sendo únicas na região.

Resquícios deste galpão, como o alicerce, ainda existem. O mesmo foi utilizado com finalidade comercial e foi uma espécie de posto de abastecimento para tropeiros e carreteiros, que cruzavam pela estrada real e ligava a localidade de Garruchos, na fronteira com a Argentina, com Boqueirão de La Sierra, hoje Santiago do Boqueirão. O local transformou-se em um dos mais importantes pontos comerciais da região e uma referência para os andantes. Constituía-se no último pouso antes de chegar à vila de Bossoroca, onde a tropa era conduzida até o Mangueirão, situado no espaço que hoje encontra-se a estátua de Noel Guarany.

Por esta estrada, que passava nas imediações da propriedade, cruzaram as primeiras tropas, com destino à Pelotas, nas charqueadas da época, algumas contrabandeadas da Argentina e outras do Paraguai e que possivelmente, deram o início ao ciclo do tropeirismo nesta região, juntamente com os tropeiros de mulas, que levavam animais para Sorocaba. Muitos tropeiros utilizavam este local para pernoitar. Nesta época, Antônio Ferreira de Morais, conhecido como Tico Timbaúva, filho mais novo de Manoel Timbaúva, construiu o primeiro “Seguro de tropa” que era um espaço cercado e onde os animais permaneciam à noite, sendo uma alternativa para evitar o perigo de um estouro de tropa. 

O Cerro da Bela vista, em razão de sua localização, foi considerado um ponto estratégico para observação da movimentação de tropas e pessoas, pois até hoje, permite que se visualize cidades como São Luiz Gonzaga, Santo Antônio das Missões, Itacurubi e Unistalda. Neste local, durante a noite ainda é possível observar as luzes da cidade de Roque Gonzales. É um dos pontos mais altos entre os rios Piratini e Icamaquã. No ano de 1940 o avô do atual morador, Antônio Ferreira de Moraes, adquiriu a propriedade de Antônio Caetano, também conhecido como Nico Caetano, que havia encontrado um enterro às margens de um lajeado próximo à propriedade e logo em seguida mudou-se para São Luiz Gonzaga.

Nesta época, já em 1945 o Cerro da Bela Vista também era um local onde as famílias da região, em grande parte constituídas por fazendeiros, periodicamente visitavam e divertiam-se nos grandes bailes que ali aconteciam. Eram festas que tinham duração de dois a três dias. Um dos assíduos frequentadores era Jayme Caetano Braun, que na época era namorado da jovem Cici, filha de Antônio Ferreira. Segundo relatos, aconteciam duas festas paralelas no local, uma no salão da fazenda e outra no galpão, onde ao som de uma gaita, a peonada também se divertia. O novo proprietário desmanchou o galpão e as mangueiras e as pedras que sobraram, foram doadas para o município de São Luiz Gonzaga e utilizadas nas estradas da região, as quais encontravam-se em péssimo estado.

A partir de então, abandonou-se a característica comercial e o local passou a ser um reduto político, sendo ponto de encontro para reuniões e comícios em épocas de campanha. E foi em reuniões no Cerro da Bela Vista que começaram as tratativas pró emancipação de Bossoroca. João Cândido Dutra, que foi interventor federal e importante liderança política, possuía, próximo a este local, uma espécie de armazém o qual surgiu depois que se encerraram as atividades comerciais no Cerro da Bela Vista, no ano de 1940. Numa certa feita, quando Leonidas Ribas, candidato a deputado federal, esteve na propriedade, foram carneadas dez vacas para o churrasco, sendo um dos maiores comícios da história de Bossoroca. Em 1978 a viúva de Antônio Ferreira decidiu mudar para São Luiz Gonzaga. Acabava assim, um dos mais importantes redutos políticos do município. Em 1998, pelo falecimento de Valentina Ramos Ferreira, seu filho Albino Ferreira de Morais assume a propriedade. Acaba falecendo em 2005, quando então, se estabelece no lugar o atual morador, Marco Antônio de Moraes (Marquito Moraes). A velha morada ainda preserva a tradição de bem receber os visitantes, que hoje, em sua maioria, provém das cavalgadas que costumeiramente passam por lá. Nesses mais de 13 anos, o galpão ainda serve de abrigo para os cavaleiros, que vez por outra, acampam no Cerro da Bela Vista.
                 










 
CENTRO ESPÍRITA DEUS, CRISTO, AMOR E CARIDADE
                         

Fundado em 1º de março de 1940, o Centro Espírita Deus, Cristo, Amor e Caridade completa 78 anos de trabalho em prol da comunidade de Bossoroca. Foi a primeira instituição a prestar assistência religiosa espírita e social em nosso município, seguindo a nota evangélica que diz: “DANDO DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBEMOS”. Muito deve a “casa espírita”, a esse incansável trabalhador que também soube desapegar-se dos bens terrenos em benefício do ideal sacrossanto de Cristo, que ainda tão jovem abraçara. JOÃO MARTINS DE BITTENCOURT era estimado por todos quantos o conheciam. Muitos, entre os diversos perseguidores de ontem, agora, com ele, desfraldam a bandeira da paz e do amor.

É neste núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, praticado dentro dos princípios espíritas e nesta escola de formação moral, que se desenvolve, à luz da doutrina espírita, um trabalho a 78 anos. Neste posto de atendimento fraternal, as pessoas buscam o propósito de obter aprimoramento íntimo e a consolação pela pratica do Evangelho de Jesus.
Como casa de Deus e com o esforço de muitos, as portas estão abertas à todos aqueles que procuram entender os objetivos espirituais, os quais são para sempre e vão além da nossa vida material.

Uma rara imagem do Sr. João Martins de Bitencourt com netos e filhos, na frente do mesmo prédio que hoje ainda abriga o Centro Espírita Deus, Cristo, Amor e Caridade.


 O PRIMEIRO GRUPO ESCOLAR DO MUNICÍPIO

No ano de 1938 a comunidade do então 3º distrito de São Luiz Gonzaga, Bossoroca, mobilizou-se numa campanha para a construção de um prédio que tinha por finalidade, abrigar a escola do município, o qual foi criado no dia 28 de março de 1938, com a doação do terreno pela senhora Paulina Alves Pereira. 

Criou-se uma comissão para buscar recursos financeiros. Após uma breve campanha, foi possível reunir a expressiva quantia de 320 mil réis. Deste total, 200 mil réis foram arrecadados junto a comunidade e o restante foi doado pela igreja católica. 

Com esse valor foi dado o início da construção, localizada nas esquinas da Rua João Gonçalves e João Fagundes. A conclusão ocorreu no início do ano de 1939 e teve como primeira denominação, Grupo Escolar Gaspar Silveira Martins que tinha sido deputado pelo Rio Grande do Sul e ministro de estado.

Os mais antigos contam que a relação dos nomes de pessoas que contribuíram para a construção desta escola, foi colocada dentro de uma garrafa e enterrada no alicerce do prédio. Outro fato importante é que os tijolos utilizados na construção, que teve no comando um senhor chamado Nortagiácomo, construtor na época, tiveram origem na olaria de Alfredo Aquino, uma das primeiras indústrias de Bossoroca. Este prédio contava com três salas de aula, uma sala destinada à secretaria e dois banheiros.

No ano de 1939, já que a vila não tinha um local adequado, as dependências da escola foram cedidas para a realização de um baile de casamento do Senhor Mário Alves Pereira. 

Os primeiros mestres que contribuíram para o desenvolvimento intelectual dos moradores da Vila de Bossoroca, foram: Jadiviga Kuchask Camelo, Anita Dejanira Pinosk Pereira, primeira diretora e primeira professora, respectivamente. Odete Pereira da Silva, Zilda de Bem Ozório, Luzia felicidade Nunes de Miranda, Hermilda Alves Araújo, Suely Rosa Nascimento, Diná Fernandes Furtado e Haidee Gonçalves do Nascimento, que faleceu em 20 de julho de 1956 e, em 1958, por reconhecimento ao seu trabalho, a escola passou a chamar-se Grupo Escolar Profª Haidee nascimento. Neste prédio também funcionou a Prefeitura Municipal, a Escola Miguel Fernandes e a Brigada Militar. Atualmente, além de servir de sede para as atividades da Associação Cultural, o prédio abriga o Museu Municipal Paulina A. pereira, a Inspetoria Veterinária e um posto do Detran. Nas imagens abaixo, antigas fotos do local.


Alguns alunos do grupo escolar, a frente do prédio

O antigo prédio e ao lado, a igreja católica.




A BRIGADA MILITAR EM BOSSOROCA


A Brigada Militar, com efetivo de cinco praças, instalou-se, na então Vila de Bossoroca, no mês de setembro de 1958, por determinação do Governador do estado e em atenção a solicitação da comunidade da vila, liderada pelo pelo vereador Joaquin Luiz Nascimento. Nesta foto, tirada no mesmo ano da instalação, estão os primeiros policiais militares que prestaram serviço na Vila de Bossoroca. Da esquerda para a direita: O comandante - 3º sargento Antônio Alves de Oliveira e os soldados Inocêncio Ermes Lopes, Isaque Carvalho do Amaral, Flávio Ianque e Constantino Borges do Canto.



CARTA DE ALFORRIA


No museu municipal, é possível verificar o original de uma carta de alforria, que foi dada à um escravo, no ano de 1812. Transcrevemos o texto, tal como foi redigido, sendo que algumas palavras estão ilegíveis: "O abaixo assinado dá de ora em diante liberdade a escrava MARIA ALEIXA que encontra-se matriculada com o número 85 na matrícula geral do município em 20 de maio de 1812 e cuja escrava liberta sem ônus ou obrigação alguma e para que gose da..........liberdade passa a presente para que todos.......assim o considero. São Luiz Gonzaga 4 de outubro de 1812. João Luiz do Nascimento".

   


ATA ORIGINAL DA INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO


Ata original redigida em 04 de março de 1967, formalizando a instalação do município de Bossoroca.



TÍTULO DE ELEITOR DA ÉPOCA DO IMPÉRIO 

O 13º titulo de leitor expedido quando o Brasil ainda estava na condição de Império, na Província de São Pedro - Rio Grande do Sul



NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – A SANTA DO SOBRADO

No rincão do mesmo nome, ao longe pode ser visto o imponente Sobrado, prédio erguido em data não conhecida e que possui mais de 150 anos, abrigando em seu interior, a imagem de uma santa - Nossa Senhora da Conceição, ou a Santa do Sobrado. 


Entalhada em madeira de cedro, a imagem possui em torno de 80 cm de altura e tem características barrocas e está colocada na parte superior do sobrado. De acordo com algumas pessoas, a origem desta imagem provém de acervo da redução de São Miguel, mas como chegou naquele lugar, ninguém sabe, sendo que a mesma já existia quando João da Costa Furtado adquiriu esta propriedade e construiu o sobrado, possivelmente no ano de 1840.

Conta a história, que neste local já havia resquícios de uma morada muito antiga, possivelmente um posto jesuítico ou aldeamento indígena. No mesmo local ocorreu a construção de um galpão que depois foi chamado de senzala. No entanto, alguns diziam que era apenas um local para os escravos que fugiam de outras propriedades e ali encontravam abrigo, já que o proprietário não era escravagista, tratando os negros com certa dignidade. 

Conforme relatos de pessoas mais antigas, a esposa do segundo proprietário cujo nome também era João da Costa Furtado, dona Iveta Ferreira Furtado, por um bom tempo escondeu a santinha, pois haviam boatos de que alguém procurava resgatar a imagem e devolvê-la ao pretenso local de origem. Segundo o relato de alguns moradores mais antigos, a construção inicial não era rebocada, pois naquele tempo não havia cimento pelas proximidades. Sua construção era de tijolos a vista o que emprestava uma aparência diferente aos padrões da época. 

Roberto Furtado Duarte, bisneto do antigo proprietário, conta que certa feita chegou no sobrado, com a finalidade de visitá-lo, uma senhora de nome Eva, que foi antiga moradora daquela região. Dona Eva, já com mais de 90 anos, contou que antigamente as moças que moravam em propriedades próximas, realizavam visitas a nossa Senhora da Conceição, onde faziam promessas para engravidar, conseguir casamento, entre outras. Nessas visitas, no altar da santinha, colocavam fitas coloridas, deixavam véus, roupas de criança e outros objetos, além de acender velas para que Nossa Senhora da Conceição intercedesse e atendesse seus pedidos. Numa feita, após a visita de algumas moradoras, ocorreu um princípio de incêndio causado pelas velas acesas deixadas no altar. Nesse dia os homens estavam no campo e na casa, algumas mulheres, entre elas, a mãe de uma das escravas.

Quando perceberam o fogo, uma das mulheres foi ao campo chamar os homens e as demais permaneceram tentando apagar as chamas. O incêndio ocorreu na parte superior do sobrado, onde para chegar era necessário subir 


uma escada de madeira. A água foi retirada de um poço que ficava junto ao prédio. Quando os homens chegaram as chamas já estavam controladas. No entanto, o altar onde estava nossa Senhora da Conceição foi totalmente destruído e para espanto de todos, a imagem, que era de madeira, nada sofreu. Este fato gerou algumas especulações a respeito da santa e talvez por este motivo, a devoção aumentou, fazendo que mais pessoas passassem a visita-la. Durante algum tempo, devotos iniciaram um movimento para realizar uma romaria em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. A última vez que isto aconteceu foi em 2003. Agora, algumas pessoas preparam-se para dar continuidade a este gesto de reconhecimento e fé. No dia 8, próximo, será realizada uma romaria para visitar Nossa Senhora da Conceição - a Santa do Sobrado. (05/12/2017).



João da Costa Furtado (segundo proprietário) cercado pelos amigos Avelino Cardinal e João Luiz Nascimento
Sra. Vera Duarte, esposa do atual proprietário

Sr. João da Costa Furtado (segundo proprietário)

Momentos da missa realizada no Sobrado












OS ESCULTORES DA BOSSOROCA

Nosso município, nos primórdios, ja teve dois escultores, que tiveram uma expressiva atuação com sua arte e deixaram marcada sua presença na Buena Terra. Entre esses, destacamos o espanhol JOSÉ MUGARTEGUI, tambem chamado de Mugarte, que viveu nesta região nos anos de 1860 a 1885. Sua obra perpetuou-se no trabalho nos túmulos de Manoel Elias, no Rincão dos Antunes e de Jacinto Vieira de Borba, no cemitério da Igrejinha. Outro escultor famoso na época, era DOMINGOS RICARDO ITALIANO, que chegou em Bossoroca em 1858 e deixou seu trabalho registrado em túmulos e capelas, como também, na construção das taipas de pedras.



PARTEIRAS DE CAMPANHA

Profissional que assistia aos partos na maior parte das regiões do Rio Grande, principalmente nas mais remotas, onde a presença de médicos era nula. Conhecidas em praticamente todos os lugares do Brasil, principalmente no interior e locais onde o acesso a hospitais era mais precário, essas senhoras exerceram importante função, pois auxiliavam a todos e muitas vezes, sem nada ganhar, levadas apenas pela satisfação de ajudar seu semelhante e, sem sombra de dúvida, com a característica feminina de quem sabe das dificuldades e complicações do parto. Não tinham formação específica e geralmente transmitiam suas habilidades para as filhas. Em função de seu trabalho, atendendo a todos, surgiu o adágio popular que demonstra a popularidade das parteiras: “Mais conhecido que parteira de campanha”. Ou então, demonstrando que para elas, não havia tempo ruim nem hora para atender, outro adágio diz: “marido de parteira dorme do lado da parede”. Em nosso município, muitas delas fizeram história na arte de “aparar a cria” e tinham uma indescritível alegria e muito orgulho quando diziam: “aquele piá ou aquela guria veio ao mundo pelas minhas mãos”. Talvez fosse essa a maior recompensa para uma parteira de campanha. Das inúmeras mulheres que exerceram a profissão na Bossoroca, alguns nomes são lembrados: Castorina Sanabria Borges, Adelaide Sanabria, Estifania da Silva, Ecilda F. Dos Santos, Luiza Rodrigues Nascimento, Donata Almeida, Serafina Souza, Alice Vieira, Ursulina A. Souza, Porfiria Antunes e Benigna Silva. Elas, fizeram o que a escritora Marina Colassanti descreveu de forma poética e realista:  “Quem, durante séculos, extraiu entre as pernas abertas das mulheres seu fruto? Não foram os médicos, foram as parteiras, mulheres ajudando mulheres em seu ofício de mulher..."



JOSÉ BORGES DO CANTO

Em 1801, o desertor do Regimento Dragões do Rio Pardo, de Rio Pardo - RS., José Borges do Canto, juntou-se a outros quarenta homens e tomou posse de parte das Missões, até então, dominadas pelos Espanhóis. Entregou-as ao Governo Português, o qual, como recompensa, juntamente com seus homens, recebeu de presente o Rincão do Icamaquan, compreendido entre os rios Piratinin, Icamaquan e Uruguai. Dentre os mercenários que aqui permaneceram, cita-se o nome de Antonio Lopes Pacheco e Justo Ferreira de Moraes que receberam, cada um, em torno de cinquenta quadras de campo, localizadas onde hoje, é o Rincão da Timbaúva.




A MULHER MAIS VELHA DE BOSSOROCA


Integrante de tradicional família de Bossoroca, desde 1838,  Florêncio Sanabria Flores entrou na província, incluído em uma facção farrapa já aos 14 anos de idade. Nascido na República do Uruguai em 1824, após o término da refrega, casou-se com Ana Meireles (Nicácia) nascida em 1820. A mãe de sua esposa Ana, Maria Aurora Nunes, nasceu na província de Entre-Rios, República Argentina, em 1783, falecendo em Bossoroca, no ano de 1902 com 119 anos de idade.




 DOIS ESCRAVOS POR DOZE QUADRAS DE CAMPO


Na propriedade da família Ávila, que quando aqui chegaram localizaram-se às margens do arroio da divisa, hoje arroio Jaguatirica, nos anos de 1830/40, mais precisamente na casa de José Alexandre de Ávila, por volta de 1862/63, um homem aparentando em torno de 19 anos, chamado Valeriano Fabrício da Silva, deu ô de casa na referida morada. E assim o fez por diversas vezes, pois demonstrava interesse pela filha de José, Ana Maria. Quando chegava, seu cavalo era entregue a dois negrinhos escravos de nome Silvério e Miguel, que alem de dos cuidados com o animal, eram muito simpáticos e dedicados ao hóspede. Certa feita, Valeriano deu aos meninos escravos, algumas moedas de prata, patacões, que êles nunca tinham visto. Alegres com o presente, foram contar para a sinhazinha, a patroa, que logo imaginou que os mesmos tivessem roubado do visitante. Quando Valeriano lá voltou, foi indagado a respeito do caso e confirmou o presente. O Patrão então, disse que os negros não mereciam qualquer presente pois faziam sua obrigação e que levariam uma surra para não pegar dinheiro de ninguém. Valeriano não gostou do que foi dito e propôs comprar os escravos. O proprietário aceitou a proposta e perguntou o que o forasteiro pagaria. Valeriano propôs entregar o Rincão Feio, que também era chamado de Rincão do Pesqueiro Grande, cuja área era de, mais ou menos, 12 quadras de sesmarias. Negócio feito, o Patrão ficou com os campos e Valeriano com os negros mas, seu namoro terminou.



 FAZENDA DA FIGUEIRA




Em 20 de setembro de 1816, Andresito Artigas invade a Província pelo Passo de São Borja, mas foram heroicamente rechaçados pelos homens do Brigadeiro Joaquim de Oliveira Alvarez e Vasco Antunes Maciel. Em 1819, com mais de 2.000 homens, Andresito ataca novamente, desta vez por São Nicolau, sendo mais uma vez derrotado pelas forças do Coronel José de Abreu e enviado para o Rio de Janeiro onde acabou morrendo. José de Abreu contou com o auxilio do valoroso guerreiro Don José de Castelo Branco, o Conde da Figueira. O Conde Figueira, foi proprietário da Fazenda da Figueira, em Bossoroca, que foi vendida ao Coronel João Luiz Nascimento no início de 1809. O nome da fazenda está ligado ao titulo do Conde e não pelo fato de ali, existir uma grande árvore, uma figueira, como a maioria supõe.



PRIMEIROS POVOADORES


Segundo a história, os primeiros povoadores da região onde hoje, está localizado o município de Bossoroca, na época, Distrito do Camaquan, localizado entre os rios Icamaquan, Piratinin e Uruguai, foram: Manoel Elias Ferreira Antunes, João Manoel Xavier Pedroso, Constantino da Silva Brum, Antonio Lopes Pacheco, Manoel Ferreira Bica e José Fabricio da Silva.




AS VARIAS DENOMINAÇÕES DO RINCÃO DOS KERCH


Seus primeiros habitantes vieram de Viamão, entre os anos de 1830/40, e localizaram-se as margens do arroio divisa, hoje Jaguatirica, entre os limites da Fazenda União e a estância dos Fabrício, os quais já possuíam área de campos demarcada. Este lugar era denominado, no principio, de Rincão Feio, que também era conhecido como Rincão do Pesqueiro Grande. Logo, em razão do nome da família dos moradores, passou a ser denominado Rincão dos Ávila, e assim foi até o principio do século seguinte, quando então, passou a ser chamado Rincão dos Kerch, cuja denominação permanece até hoje.




O PRIMEIRO DOCUMENTO COM O NOME DE BOSSOROCA


Nos documentos oficiais que foram emitidos até a data de emancipação, sempre foi usado o nome do município mãe, São Luiz Gonzaga. Mas, pela primeira vez,  ano de 1914, no dia 1º de julho, o nome de Bossoroca foi usado num documento oficial. No assento de óbito do menino Sebastião do Amaral, com apenas três meses de idade, sendo Oficial do Registro na época, o senhor João Luiz do Nascimento, consta como origem o 3º Distrito de São Luiz Gonzaga e, entre parênteses, o nome de Bossoroca. Este é um dos únicos documentos que se tem notícia, que usou o nome de nosso município, já que sempre foi mencionado o de São Luiz Gonzaga. 

Assento de óbito em 1914



OS COMBATENTES DA BUENA TERRA

Nos vários embates acontecidos no Rio Grande do Sul, quando verdadeiramente lutava-se por ideais, Bossoroca teve inúmeras pessoas que aceitaram o convite e partiram, convictos de sua responsabilidade, para o enfrentamento das batalhas. Entre eles, citamos as seguintes:

REVOLUÇÃO FARROUPILHA
: Jacinto Antunes Pinto, José Fabrício da Silva, José Joaquim Assunção, João Cunha da Silveira e Florêncio Sanábria Flores.

GUERRA DO PARAGUAI
: João Luiz Nascimento, Elisiário Nascimento, Luiz Gonzaga Nascimento e José Gonçalves de Oliveira.

REVOLUÇÃO FEDERALISTA
: Porfírio José Pereira, João Cunha da Silveira Sobrinho, Manoel Antunes Ferreira, João Luiz Nascimento, José Francisco ferreira. José Martins Pinto e Jacinto Martins da Rocha.

COLUNA PRESTES
: Gaspar Nascimento, Alfredo Ferreira Aquino, Laurindo Pinto e Luiz Fagundes.





O HINO DE BOSSOROCA

Quando foi inaugurado o busto do fundador de Bossoroca, Alcino Schorn de Moraes que foi prefeito de São Luiz Gonzaga, ouviu-se um dos trabalhos que concorreram para ser o hino oficial de nosso Município. De autoria da Professora Fátima M. Batista Nascimento (letra) e do maestro Schneider (melodia) de Santa Maria, este hino resultou de um concurso promovido pelo Poder Público da época, que premiaria, mediante escolha, a composição que melhor representasse a Bossoroca. No entanto, por razões desconhecidas, o trabalho em questão, que foi escolhido por uma comissão, não foi oficializado como o hino de Bossoroca.



"BUENA TERRA MISSIONEIRA" o slogan do município




Na data de 29 de novembro de 1993, o Poder Público Municipal, através da Lei 1139, oficializou o lema do Município, decorrente de um concurso instituído pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, realizado no dia 17 de maio de 1990, durante as festividades dos 25 anos de emancipação político-administrativa, com o objetivo da escolha do lema que identificaria o Município. Participaram do concurso 475 pessoas que deram as mais variadas sugestões. A frase que mais se identificou com o município, segundo a comissão avaliadora, formada por Telmo Fabricio Dutra, Jairo Velloso, Aulério José Sehnm, Guiomar Batu dos Santos, Eliane M. Medeiros Batista e Mirian Nascimento Manzoni, foi a de autoria de Diego Fernandes dos Santos, "Bossoroca - Buena terra Missioneira". O autor utilizou uma expressão da língua espanhola, Buena, reportando-se ao tempo que este território esteve sob domínio espanhol e a palavra Missioneira, fazendo referência às Missões, onde o município encontra-se localizado.




A BANDEIRA DE BOSSOROCA

A bandeira, símbolo oficial de Bossoroca, foi criada em 13 de novembro de 1980, através da Lei 369, em cumprimento ao disposto no item II do Artigo 38 da Lei Orgânica do Município. Suas cores, verde, branca e amarela, juntamente com o brasão do município, possuem a seguinte representatividade:

VERDE: os campos e a atividade agrícola da região;
BRANCA: mensagem de paz aos bossoroquenses;
AMARELA: uma referência a riqueza produzida pela terra, consituida pela atividade agropecuaria.

A utilização da bandeira oficial do município é obrigatória nas seguintes situações: no gabinete do prefeito, no recinto da Câmara Municipal de Vereadores e das escolas municipais, como tambem, é obrigatória a utilização em datas que representem feriados nacionais, municipais e dias festivos.

 




O POÇO DO "MIL METRO"

Na estrada que liga a localidade denominada Esquina Piratini à BR 285, em Bossoroca, encontra-se  um marco que serviu aos antigos tropeiros, que por ali passavam. 

Construído em 1933, por Avelino Prado Macedo, popular "Mil metro", comerciante e criador na época, o poço era uma espécie de referência e local de encontro para tropeiros que naquele local, encontravam sombra fresca e água limpa, para o descanso, que ocorria no galpão de propriedade de Avelino Macedo. 

Mais tarde, além dos tropeiros, muitas pessoas do lugar utilizavam a água límpida e saudável  do poço do "mil metro". Mas o tempo foi passando, os tropeiros desaparecendo aos poucos e o poço perdeu sua finalidade. 

Em razão do progresso, suas águas claras foram poluindo-se, até ficarem impróprias para o consumo humano. 

Segundo as pessoas da época, Avelino media quase dois metros de altura, dai, o apelido de "Mil Metro". 

E ainda hoje, apesar do tempo, o poço ainda está lá, a beira da estrada, como lembrança de uma época que não volta mais.







NOSSAS RUAS

Todos os dias, o nome de algumas das principais ruas de Bossoroca é pronunciado. A todo momento estamos escrevendo um determinado endereço, e fazemos referência a um dos logradouros de nosso município. Mas quem foram estas pessoas que deram seu nome às nossas ruas? A seguir, um resumo biográfico dos principais nomes de ruas de nossa cidade:

Rua Cel.João Luiz Nascimento


CEL. JOÃO LUIZ NASCIMENTO – (1848-1928) Filho de João Luiz Nascimento e Hipólita Pereira Nascimento, que segundo a história, figuram entre os primeiros povoadores de Bossoroca. Seu nome correto era João Luiz Pereira Nascimento. Participou da guerra do Paraguai, onde foi nomeado Coronel em comissão. Ao retornar dos campos de batalha, casou-se com Carolina Gonçalves do Nascimento (1852-1942), que era filha de Manoel Gonçalves Terra e Bartolina Maria da Conceição. Em outubro de 1906, foi nomeado Escrivão Distrital, sendo o Segundo Oficial do Registro Civil do então 3º Distrito de São Luiz Gonzaga. Exerceu este cargo até 8 de maio de 1920. O Cel. João Luiz Nascimento, foi um abastado fazendeiro desta localidade. Quando Oficial do Registro Civil, usou, pela primeira vez, o nome de Bossoroca em um documento público, registro de óbito que foi lavrado em 1 de julho de 1914. Em 1881, foi conselheiro municipal em São Luiz Gonzaga.
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Rua Dr. Vergilio Nascimento

DR. VERGÍLIO GONÇALVES NASCIMENTO
– (1874-1948) Filho do Coronel João Luiz Pereira Nascimento e de Carolina Gonçalves Nascimento, o Dr. Vergílio foi uma pessoa muito popular, não só pela tradição familiar, mas também, por ser um excelente e competente profissional. Iniciou a faculdade de medicina de Porto Alegre, mas acabou desistindo do curso, passando a freqüentar a faculdade de Engenharia de Ouro Preto em Minas Gerais, formando-se, aos 24 anos, como agrimensor. Voltou para Bossoroca para exercer esta profissão, tornando-se um profissional dedicado, sério e eficiente. Nas medições antigas que foram feitas em Bossoroca, é muito difícil encontrar uma área de terras que não tenha sido medida e mapeada pelo Dr. Vergílio. Foi casado com Carolina Pereira do Nascimento (1881 – 1946), filha de Vergílio Batista Terra e Clara Pereira Terra, cujo casamento ocorreu em 1 de setembro de 1900.
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Rua João Gonçalves

JOÃO GONÇALVES DO NASCIMENTO – (1869-1937) Filho do Cel. João Luiz Nascimento e de Carolina Gonçalves Nascimento, faleceu no dia em que completaria 68 anos, 1 de novembro de 1937. Casado com Josefina Medeiros do Nascimento (1874-1938), que era filha de Serafim José de Medeiros e Vicentina do Nascimento Medeiros. João Gonçalves era proprietário de uma área de terras onde foi criador de gado e também exerceu a atividade de comerciante, residindo, nas proximidades do Rincão do Esteio, distando 6 km da Vila de Bossoroca, á margem da estrada geral, que vai ao Rincão Timbaúva.
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Av. Manoel Gonçalves do Nascimento

MANOEL GONÇALVES DO NASCIMENTO (Neco Nascimento)– (1892 – 1963) Filho do Cel. João Luiz Nascimento e de Carolina Gonçalves Nascimento, foi casado com Verônica Fabrício Nascimento (1892 – 1954) que era filha de Valeriano Fabrício da Silva e Maria Fabrício da Silva. Residente no então distrito de São Luiz Gonzaga, Bossoroca, em sua fazenda, que fazia divisa com seu irmão João Gonçalves. Mais tarde mudou-se para a Vila de Bossoroca, onde acabou falecendo. Foi importante colaborador na formação da então Vila, doando três terrenos para a construção do Hospital Nossa Senhora das Graças.
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Rua João Fabrício


JOÃO FABRÍCIO DA SILVA – (1868-1942) Filho de Ramão Fabrício da Silva e de Porfiria Garcia da Silva. Casou-se em 29 de março de 1889 com sua prima, Antônia Vieira da Silva (1869-1963), residindo em sua propriedade, localizada em frente ao hospital Nossa Senhora das Graças, onde também, residiu sua filha, Inez Fabrício Vieira. De sua antiga propriedade, foi cedida uma faixa de terras para abertura de uma rua que hoje leva o seu nome.
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Rua Oscar Pithan


DR. OSCAR JOSE PITHAN
– Oscar Jose Pitan, nasceu no ano de 1878. Era médico e filho do Cel. Jose Adolfo Pithan, de dona Josefina Bill Pithan e genro do Cel. João Luiz Nascimento. Exerceu sua profissão quando Bossoroca ainda era o 3º Distrito de São Luiz Gonzaga. Sua esposa, Belmira do Nascimento Pithan (1868-1954) era dez anos mais velha que ele.
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Rua Manoel Ferreira Antunes

MANOEL FERREIRA ANTUNES (Cel. Manduca) (1859-1933). Seu nome correto é Manoel Antunes Ferreira, como se pode ver em vários documentos da época, inclusive sua certidão de óbito. Filho de Rafael Antunes e Alixandrina Pedroso.Foi um abastado fazendeiro no Rincão dos Antunes, alem de ser um grande líder comunitário. Em 17 de setembro de 1883, casou-se com a senhora Brasília Antunes de Souza (1864-1928). Na revolução Federalista, serviu como capitão na 4ª Companhia, sendo comandante desta. Nos combates em que tomou parte, destaca-se o de Ihanduy. Em 1923 fez parte do congresso realizado em Porto Alegre, convocado pelo então governador, Borges de Medeiros. Nesta época, representava o Partido Republicano do 3º Distrito.
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Rua Simeão Loureiro



SIMEÃO ESTELITA LOUREIRO . Filho de João dos Santos Loureiro e Eliza Santos Loureiro. Exerceu a atividade de comerciante de 1927 a 1943, cujo estabelecimento comercial, localizava-se na esquina da rua que hoje tem seu nome, com a rua João Fagundes. Seu filho, João Belchior Loureiro, nascido em 1911, foi prefeito em São Luiz Gonzaga, e também o ajudava na atividade comercial. Simeão Loureiro foi casado com Balbina Goulart Loureiro, que era filha de Belchior Rodrigues Goulart e de Maria Loureiro Goulart. Antes de estabalecer-se em Bossoroca, exerceu os cargos de sub-delegado e sub-prefeito na colônia de Serro Azul, hoje Cerro Largo, cuja nomeação ocorreu em 26 de janeiro de 1922.
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Rua Alves Valença

DR. JOSE ALVES VALENÇA (1878-1949). Natural de Julio de Castilhos, onde exerceu a profissão de médico, no período de 1917 a 1920 e, 1921 a 1924, foi eleito Deputado Estadual. Ainda no ano de 1924, durante a revolução, ocorreu o assassinato de um de seus filhos. Depois deste fato, Dr. Valença passou a beber constantemente. Em 1943, veio para Bossoroca acompanhando seu genro que era agente ferroviário. Aqui, recuperado do trauma da perda do filho, passou a exercer a profissão de médico, fazendo grandes amizades em razão de seu caráter humanitário. Faleceu em 8 de março de 1949.
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Rua Mario Alves Pereira

MARIO ALVES PEREIRA – (1912-1967). Filho de Porfírio José Pereira e Paulina Alves Pereira, foi casado com Maria Carolina Nascimento Pereira, que hoje ainda vive, contando com mais de 90 anos. Sua mãe, dona Paulina, foi figura importante no contexto histórico do município, pois na época, doou o quarteirão onde hoje se encontra a praça principal da cidade, que leva o nome de seu esposo, Capitão Porfírio Pereira.
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Rua Dionízio Araújo

DIONÍZIO VIEIRA DE ARAÚJO Filho de João Vieira de Araujo e Felisbina Vieira de Araújo. Foi casado com Damazia Vieira Lopes. Dionízio Araújo foi proprietário da sesmaria dos Cardoso Duarte, onde ainda hoje, se pode encontrar vestígios de um tempo passado. Veio a falecer no ano de 1927.
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Avenida Castelo Branco

HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO (1900-1967). Marechal do Exército Brasileiro. Em 1964, foi eleito Presidente da República pelo Congresso Nacional. Experiente político acabou com pluripartidarismo, restando apenas dois grandes partidos políticos: MDB e ARENA. Foi o criador do FGTS (Fundo de Garantia por tempo de serviço) vigente até os dias de hoje, e que beneficiou a todos os trabalhadores. Faleceu em 1967 em decorrência de um acidente aéreo. Castelo Branco era o Presidente da República, quando Bossoroca foi emancipada.
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Rua Alcino Schorn de Moraes


ALCINO SHORN DE MORAES  Filho de Leão Pedro de Moraes e Maria Inez Schorn de Moraes, nasceu no ano de 1894 e foi casado com Ana Rita Fabrício que era filha de Valeriano Fabrício da Silva e Maria Fabrício da Silva. Natural de São Miguel – Santo Ângelo trabalhou no ano de 1912/13, como mestre de obras na construção do prédio, que existe até hoje, e que serviu de residência ao Cel. Inocêncio Silva, em São Nicolau. Mais tarde, aos 24 anos exerceu a profissão de oleiro em São Luiz Gonzaga. Tempos depois, foi prefeito de São Luiz Gonzaga, sendo que nessa época, criou o 3º Distrito com o nome de Igrejinha, retificado  a pedido da comunidade de Bossoroca, que não aceitou esta denominação, porque já havia um local com este nome.
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Avenida João Cândido Dutra


JOÃO CÂNDIDO DUTRA (1915-1994). Filho de Hilário José Dutra e Donatilde Cavalheiro Dutra foi casado com Otacília Medeiros Dutra. Sub-Delegado de polícia em 1941 e subprefeito em 1942. Exerceu também, as funções de Juiz de Paz, nomeado pelo então Governador Walter Jobim e confirmado quatro anos depois, pelo governador Ernesto Dorneles. Foi eleito vereador por Bossoroca, para a câmara de São Luiz Gonzaga, no ano de 1955 e reeleito em 1959 e 1963. Foi um dos líderes do movimento emancipacionista de Bossoroca, sendo secretário da comissão, em 1965. Com a instalação do município em 1967, foi nomeado interventor federal do município, pelo Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco. Findo o mandato, foi eleito prefeito em 1972 e reeleito em 1982.
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Rua João Fagundes


JOÃO ANTONIO FAGUNDES (1851-1929). Filho de Severino Antonio Fagundes e Caetana Rosa de Oliveira, naturais de Conceição do Arroio, Osório – RS. O casal veio para Viamão, posteriormente para Santa Maria e, depois, para a localidade de Igrejinha, hoje Bossoroca. Com mais três filhos, foram residir nos campos do Capitão Eliziário Nascimento, local conhecido por rincão da Caetana, em homenagem a esposa de Severino. O motivo da vinda do casal para Bossoroca era em razão de que um dos filhos, João Antonio Fagundes, era Contabilista e havia sido contratado para prestar serviços ao comerciante Viriato Inácio Batista, que alem de um estabelecimento comercial, possuía também um alambique, localizado na costa do Inhacapetun, município de Santo Ângelo. João Fagundes foi casado com Inez Vieira Fagundes que era filha de Bernardino Jose Vieira e Maria Madalena Fabrício da Silva.
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Rua Severiano Barcelos

SEVERIANO VIEIRA BARCELOS (1892-1939). Filho de Joaquim Rodrigues Barcelos e Leôncia Vieira Barcelos, Severiano foi proprietário de uma fazenda neste município, na localidade do Rincão dos Fabrício. Faleceu em 1939, quando, nas lides do campo, tentava acalmar a cavalhada de sua propriedade. Ao tentar pegar um animal, colocou o laço num poste de cerca, para fazer uma “forma” (tipo de brete). No entanto, todos os animais correram ao mesmo tempo, ficando Severiano enredado no laço, vindo a falecer.



UM CANTAR PARA BOSSOROCA

Um dos lugares mais cantados pelo Rio Grande afora, sem dúvidas, é Bossoroca. Pelo seu atavismo, sua história e sua gente, é um nome constante e uma referência na poesia e na voz de poetas e cantores que sem conhecê-la, falam da Buena terra Missioneira. A simples menção de seu nome, dimensiona a grandeza e a importância, quando se fala em Rio Grande e região Missioneira. Um exemplo recente, ocorreu em Santo Ângelo em 2011, na realização do festival nativista "Canto Missioneiro", quando um trabalho que fala de outra cidade obtem o primeiro lugar e ainda, a musica mais popular do evento. Assim foi com "Fazendo Cerca", que conta a labuta dos antigos alambradores da velha Bossoroca. e por último, na 6ª edição do Manancial Missioneiro da Canção, interpretando Paisagens Missioneiras. Assista ao vídeo da apresentação:










Canto a Bossoroca (J. Velloso / Gaucho Pereira / Calico Ribeiro)



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